Se você acompanha de pertinho as notícias das principais redes sociais, deve se lembrar de um dos maiores debates digitais sobre conteúdo, engajamento e saúde mental deste ano: a ocultação dos likes para o público.
Ao ocultar os likes para os seguidores e permitir a visualização apenas para o responsável pelo perfil, choveu notícias e especulações sobre os impactos dessa decisão, principalmente para empresas e influenciadores. Muito bem, alguns meses se passaram e agora podemos enxergar mais claramente o que rolou detalhadamente com essa mudança!
Entendendo o desenrolar do fim dos likes
. ABRIL DE 2019
O Instagram soltou a bomba de sua intenção em realizar os primeiros testes ocultando os likes.
. JULHO DE 2019
Os likes ficaram ocultos no Brasil, Canadá e Japão.
. NOVEMBRO DE 2019
Os like ficaram ocultos em todo mundo, inclusive nos Estados Unidos.
As principais motivações para a mudança foram a otimização de conteúdo para os usuários e a preocupação com a saúde mental.
Se voltarmos em 2017, vamos nos lembrar que o Instagram foi eleito a rede mais prejudicial à saúde mental. Destacamos dois dados: 70% das pessoas disseram que o Instagram afetava a relação delas com a própria imagem e 74% das pessoas que a mudança seria positiva.
Em um de seus pronunciamentos, o Instagram justificou a medida da seguinte forma: “queremos que seus amigos foquem nas fotos e vídeos que você compartilha, não em quantos likes eles recebem.”
Impactos para os influenciadores
Toda mudança gera impactos positivos e negativos, né? Se por um lado, os usuários adoraram a novidade; por outro, os influenciadores e marcas nem tanto. Dados mostraram que 48% deles notaram uma queda no crescimento de seguidores; 37% perceberam uma queda no número de curtidas e 28% dos influenciadores declararam que se sentiam menos à vontade para serem criativos. Porém, como tudo na vida há, sempre um lado bom. Ainda bem!
A mudança influenciou a preocupação não só dos influenciadores, mas também das marcas em oferecer um conteúdo de valor, qualificando ainda mais o engajamento. Houve, por exemplo, um aumento de 90% no número de comentários.
Todas essas mudanças reforçam a necessidade de se preocupar cada vez mais com as métricas e testar novas formas de interação, focando na qualidade e relevância dos conteúdos oferecidos, que são a chave mestra nas redes sociais.
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Fontes: The Royal Society for Public Health; Meio e Mensagem.